A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (FETRANSPAR), que representa perto de 20 mil empresas de transporte em todo o Estado, questiona a forma como a Prefeitura de Curitiba programou a vacinação dos trabalhadores do transporte com as doses da Janssen distribuídas, pelo Governo Estadual, no último final de semana.

Segundo nota da administração municipal, divulgada hoje (28), motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba começaram a ser imunizados nesta segunda-feira (28), em 12 garagens de empresas de ônibus do município.

Para o dirigente da Federação, as vacinas distribuídas pelo Ministério da Saúde via Plano Nacional de Imunização são para todos os profissionais que atuam com o transporte. Desta forma, levar até as garagens, seria um privilégio a uma única categoria. “Precisamos de equilíbrio nesta logística para que as doses sejam disponibilizadas a todos contemplados no plano ao mesmo tempo. Já faz meses que colocamos a unidade do SEST SENAT em Curitiba para concentrar a aplicação das doses assim que elas estivessem sido enviadas. O momento tão esperado chegou e agora vemos esse descompasso. A unidade que fica no Boqueirão atende a todas as categorias e seria o ponto ideal para fazer esta ação”, diz o presidente da FETRANSPAR e do Conselho do SENAT SENAT no Paraná, Coronel Sérgio Malucelli.

Malucelli destaca ainda que “todos os trabalhadores do setor de transportes de todas as categorias prestam serviços essenciais à população e não pararam em nenhum momento desde o início da pandemia. Por isso é justo equilibrar e fazer a distribuição das doses de forma que todas as categorias sejam contempladas ao mesmo tempo em um ponto específico de aplicação da cidade. Isso já vem ocorrendo em grandes centros urbanos pelo Brasil e em diferentes cidades do Paraná. Já fizemos o pedido para que a administração da Capital repense essa distribuição e estamos aguardando retorno”, cobra o presidente da FETRANSPAR.  

Para o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (SETCEPAR) é preciso isonomia no momento de se fazer a disponibilização das doses. “Nosso setor de transportes de cargas, que sempre esteve atuante e em momento algum cruzou os braços, está com alta expectativa referente a imunização. Como atividade essencial, precisamos ter isonomia em relação aos motoristas de ônibus de transporte público, para sermos vacinados e seguirmos com o trabalho de entrega e transporte de forma célere e segura, uma vez que os colaboradores do setor realizam coletas e entregas em ambientes com exposição e risco de contágio, tais como clínicas, laboratórios, hospitais e demais estabelecimentos prioritários”, destaca o presidente do Sindicato, Marcos Egídio Battistella.