Distribuição de vacina contra o coronavírus é desafio para o setor logístico nacional
07 de agosto, 2020
A distribuição das doses da vacina contra o coronavírus é o próximo desafio que deve ser enfrentado pelo setor logístico brasileiro. Ainda não há data para que a imunização chegue ao país, mas a logística já preocupa especialistas da área.
O responsável pela logística de medicamentos da organização internacional Médicos Sem Fronteiras, Rafael Bretas, afirma que o transporte se adaptou rapidamente as barreiras durante a pandemia, mas há outros empecilhos no meio do caminho.
O medicamento é essencial, mas em alguns casos, o transporte teve que ficar no meio do caminho, principalmente no início da pandemia de coronavírus. Quem relata as dificuldades causadas pelas restrições é o presidente da Federação das Transportadoras do Paraná e membro da seção de cargas da Confederação Nacional dos Transportes, Coronel Sérgio Malucelli. Ele conta que com o aumento no número de casos da doença, as barreiras aumentaram e, consequentemente, a procura por remédios também.
A missão tem sido chegar a tempo para tratar os pacientes, principalmente com Covid – 19.
O Paraná é o quinto estado do país que mais fabrica produtos farmoquímicos, de acordo com um levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Paraná. São Paulo e Minas Gerais lideram o setor. O que é produzido por aqui é comercializado em todo o mundo e transportado, na maioria das vezes, pelas rodovias. O município de Toledo, na região Oeste, se destaca no segmento.
A diretora da secretaria geral do Conselho Regional de Farmácia do Paraná, Nádia Maria Cellupi, atua na área de distribuição, transporte e logística de medicamentos. Ela afirma que a área teve que se reinventar para atender a alta demanda e a urgência do serviço.
Chegar com o medicamento a tempo e preservar a saúde dos funcionários também é a missão da Ágile Logística Expressa, que é uma empresa especializada na logística e transporte de produtos voltados a saúde.
O diretor de operações e novos negócios, Alexandre Loureiro Aliski, afirma que a responsabilidade está ainda maior.
O responsável pela logística da organização internacional Médicos Sem Fronteiras, Rafael Bretas, finaliza que a carga de medicamentos é visada pelos criminosos e é preciso ter ainda mais cuidado no armazenamento e na segurança.
O Paraná pode se tornar polo de produção e distribuição de vacina contra a Covid 19 no Brasil e na América do Sul. De acordo com o governo do Estado, duas parcerias estão em andamento: uma com a China e outra com a Rússia. A previsão e logística ainda são incertas.
Diferente do setor rodoviário, o Porto de Paranaguá, no litoral do Estado, por enquanto, não tem planos de como será essa distribuição, caso as doses sejam transportadas por meio marítimo.
Fonte: BandNews Foto: Divulgação