BR-277 completa 80 dias com pista parcialmente interditada na Serra do Mar
04 de janeiro, 2023
Há exatos 80 dias o setor de transporte de cargas e a sociedade paranaense sofrem com o bloqueio da principal estrada que leva ao litoral do Paraná, a BR-277. Desde o dia 14 de outubro de 2022, quando uma encosta caiu na Serra do Mar na altura do km 42 da BR-277, muitas incertezas e inseguranças vêm tomando conta de quem depende da rodovia para escoar seus produtos.
Neste octogésimo dia de interdição, quem teve que transitar pela BR-277, teve que ter muita paciência. Relatos que chegaram à Federação são de filas quilométricas e horas e mais horas de trânsito parado na saída das praias até a chegada da Serra do Mar. “É inadmissível essa situação. Sugerimos que uma própria equipe do governo estadual tente fazer o trajeto Paranaguá/Curitiba para ver a situação. Se as autoridades não conseguiram resolver a questão da obra, então que se pense em operações especiais que ajudem a agilizar o tráfego no local. Já imaginou se um cidadão de cidades litorâneas precisar de auxílio médio da Capital em dias como hoje?”, critica o presidente do Sistema Fetranspar, Coronel Sérgio Malucelli.
Desde os primeiros dias de interdição, a Federação alertou as autoridades que a combinação férias de verão, movimento intenso e chuvas levaria o caos as estradas que ligam ao litoral. “Ao que tudo indica, teremos movimentação recorde rumo ao Porto em 2023, com a chegada da safra de grãos no primeiro trimestre. A temporada de Verão bate a porta e certamente as chuvas da estação mais quente do ano não darão trégua. Temos um cenário bastante tenso para os próximos meses”, alertou Malucelli ainda no mês de novembro, sugerindo que havia tempo do Governo Estadual executar plano um emergencial com diferentes cenários. “Se isso não ocorrer, lá na frente não adianta culpar o clima ou as chuvas pelos prejuízos. Ainda dá para reverter o jogo e estancar essa sangria”, disse o dirigente do setor de transportes naquela ocasião.
Segundo o Sistema Fetranspar, tempo é algo precioso no setor de transportes. Cargas que demoram a chegar ao destino são sinônimo de prejuízos. Segundo a Federação o frete já sofreu reajuste médio de 20% devido a essa interdição. “Precisamos que as autoridades estaduais tomem a rédea da situação, afinal a rodovia está dentro do território e nesta hora não podemos pensar de quem é a bronca. A questão do bloqueio é que precisa ser resolvida. Já passou da hora de liberar a principal ligação do nosso Estado ao Porto de Paranaguá”, finaliza Malucelli.
Fonte: Assessoria de Imprensa