20 de junho, 2022
A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (FETRANSPAR), que representa perto de 20 mil empresas do setor, afirma que a notícia do novo aumento no diesel de 14,26% foi recebida com muita preocupação pelo empresariado paranaense, uma vez que o diesel é o principal custo na composição do frete para quem atua na área de transportes de cargas.
Em nota, segundo a Federação, os constantes aumentos em 2022 já mostravam um cenário negativo e por diversas vezes as entidades que representam a categoria manifestaram-se contra os sucessivos aumentos, sugerindo alternativas para barrar este impacto.
A FETRANSPAR reconhece o esforço que os poderes Executivo e Legislativo têm feito em torno da pauta, trazendo possibilidades para barrar o impacto das bombas nas atividades diárias, porém cobra maior agilidade e prioridade no assunto de forma que anúncios como da última sexta-feira (17), não inviabilize muitos dos negócios de quem atua no transporte de cargas rodoviário.
Confira também Comunicado da NTC&Logística referente ao novo reajuste do Diesel
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), por meio de seu departamento de Custos Operacionais (DECOPE) tem como objetivo subsidiar as empresas do setor de transporte quanto a variação do preço do combustível, especificamente do diesel, e o impacto desse para o custo das empresas de Transporte Rodoviário de Cargas em todo o Brasil, pois desde que a Petrobras passou a realizar ajustes nos preços dos seus produtos a qualquer momento, inclusive diariamente, vem desafiando muito a rotina e manutenção das empresas transportadoras, quanto ao repasse desse custo para os embarcadores (clientes).
Na sexta-feira, 17/06/2022, a Petrobras anunciou um novo reajuste de 14,26% no preço do diesel, e o novo preço passou a valer no sábado (18). O aumento acarretará a necessidade de reajuste adicional de no mínimo 5,0%, fator esse que deve ser aplicado emergencialmente nos fretes. No acumulado do ano tivemos uma expressiva variação média de 28,93% na bomba e nos últimos 12 meses (jun-21 contra jul-22) nada menos que uma magnitude média de 52,69%.
Ainda considerando os últimos 12 meses, os insumos do transporte rodoviário de cargas, vem sofrendo grande pressão, os fornecedores das empresas de transporte, estão ajustando os seus custos de produção e, consequentemente repassando essas pressões para os transportadores. O cavalo mecânico, por exemplo teve seus preços reajustados em média 31,02%, semirreboque 32,55%, pneus 14,81% e por fim o acordo sindical da convenção coletiva dos trabalhadores do Transporte vêm fechando os acordos entre 10,0% a 12,47%.
É imprescindível para manter a contento a saúde financeira das empresas transportadoras que sejam repassados de forma imediata o acumulado dos aumentos de combustível, até porque este é um custo relevante e que não há formas de reduzi-lo pelo lado do consumo (as que existem já foram adotadas).
A NTC&Logística reitera a importância das empresas transportadoras negociarem a inclusão nos contratos antigos, e colocar nos novos contratos, um gatilho para os aumentos do diesel.
São Paulo, 18 de junho de 2022
Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística - NTC&Logística