28 de julho, 2021
Os representantes do G7, grupo que reúne as sete principais entidades empresariais do Paraná, se reuniram nesta terça-feira (27), com o ministro da Economia Paulo Guedes, em Brasília. A FETRANSPAR esteve presente representada pelo vice-presidente da Associação Brasileira de Transportes de Cargas (ABTC), Newton Gibson Jr.
“Encontros como esses são muito importantes e sempre fomentados para levar as necessidades da economia do Paraná à Brasília, e o setor de transportes está sempre atento para estar presente em discussões tão importantes como essa”, avalia o presidente da FETRANSPAR e do Conselho Regional do SEST SENAT no Paraná, Coronel Sérgio Malucelli.
A pauta principal discutiu o andamento da segunda fase da reforma tributária.
Segundo Fernando Moraes, a reunião com o ministro foi motivada pela necessidade de diálogo entre os empresários com o governo federal, para ampliar a discussão da segunda fase da reforma tributária de maneira que atenda às necessidades do governo, mas também dos empresários. “Foi uma reunião amistosa, de entendimento da proposta do governo para a Reforma Tributária e precisamos ter a certeza de a reforma não onere ainda mais o setor produtivo, que já arca com uma alta carga tributária”, disse o Fernando Moraes, coordenador do G7, grupo que integra as principais entidades empresariais paranaenses.
Resumo do encontro
O objetivo da reunião foi levar ao ministro Paulo Guedes três principais pontos sobre a reforma tributária, segunda fase:
- Tributação sobre lucros e dividendos,
- Escrituração fiscal completa para todas as empresas
- Vedação de dedução dos juros sobre capitais próprios do IR das empresas.
- Sobre a escrituração das empresas o ministro adiantou que será retirado da proposta e que não haverá alteração para as empresas enquadradas no SIMPLES Nacional.
- Sobre os a tributação dos lucros e dividendos, destacou que é necessário tributar a receita auferida pela pessoa física, para igualar aos demais trabalhadores e como compensação terá redução do imposto de renda da pessoa jurídica (12,5%), bem como a isenção deste tributo para valores em até 20 mil reais, sendo tributado a pessoa física no percentual de 20%, no que superar este valor.
- Sobre a tributação dos lucros sobre capital próprio, o objetivo é afastar as diversas deduções que beneficiam grandes empresas, como instituições financeiras. Os lucros acumulados até 31 de 12/2021, distribuídos a partir de 01/01/22 estarão sujeitos a uma tributação entre 5 a 6%.
Em suma, explicou que o objetivo da proposta e trazer um equilíbrio na tributação, aumentando a arrecadação para subsidiar uma redução progressiva da tributação sobre renda das empresas.
Informou também que concorda com a necessidade de uma reforma administrativa.
Participantes
Pelo Ministério da Economia participaram o ministro Paulo Guedes; José Tostes, secretário especial da Receita Federal; Marcelo Siqueira, assessor especial do ministro; Ricardo Soriano, procurador-geral da Fazenda Nacional; Daniella Marques, assessoria especial de Assuntos Estratégicos; Esteves Colnago, assessoria especial de Relações Institucionais; Bruno Travassos, assessoria especial para Assuntos Parlamentares; Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica; Sandro Serpa, subsecretário de Tributação e Contencioso.
A classe empresarial estava representada por Fernando Moraes, coordenador do G7 e presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná – FACIAP; deputado Diego Garcia; Newton Gibson Jr., vice-presidente da Associação Brasileira de Transportes de Cargas – ABTC; Tania Regina Zanella, gerente geral da Organização das Cooperativas do Brasil – OCB; coronel Marcelo Augusto de Felippes, diretor da Câmara Interamericana de Transportes e da Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga – ABTC; Roberto Velloso, coordenador parlamentar da Confederação Nacional do Comércio – CNC e Francisco Augusto, chefe de gabinete do deputado Diego Garcia.
Fotos: Divulgação