03 de março, 2021
Pela quinta vez em dois meses os preços dos combustíveis sofreram alta. O último anúncio foi feito pela Petrobrás no dia 1º de março e já está sendo válido desde ontem, 2 de março. Desta vez a alta é de 5% na gasolina e no diesel diretamente nas refinarias.
A alta tem deixado o setor de transportes de cargas rodoviário bastante preocupado, pois o combustível tem uma forte relação com os custos de quem atua no setor.
“Toda semana estamos nos deparando com esses aumentos. Não podemos nos conformar e achar que algo natural”, explicou o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (FETRANSPAR), na tarde da última terça-feira durante entrevistas à imprensa sobre o tema.
Malucelli, explica que o peso dos combustíveis, em especial o diesel, tem impacto grande na formação dos custos do setor de transportes de cargas rodoviário e de muitos outros setores da economia. “Se estamos pagando semanalmente valor cada vez mais alto, é porque a política de preços adotada pela Petrobrás já não se sustenta e precisa ser corrigida e ou ajustada”, defende.
O anúncio do Governo Federal de zerar impostos PIS/COFINS é visto pela Federação como uma medida que vai ajudar momentaneamente. “Porém, precisamos saber do futuro, e após os 60 dias, como ficará? E a política de aumento dos combustíveis, de que forma será repensada? Precisamos que isso seja revisto de forma que não fique bom somente para um lado, mas para os diferentes setores econômicos e para a sociedade como um todo”, ressalta Malucelli.
Segundo estudos realizados por especialistas do setor de transportes, a pedido da FETRANSPAR, a redução anunciada no Pis/Pasep e da COFINS sobre óleo diesel, preço refinaria (4,21% -PIS/PASEP, 19,42% COFINS - ambas pelo regime monofásico, mais R$ 0,07/litro - CIDE), o rebaixamento de custo do citado no insumo é da ordem (nominal) de 1,36%, sem incorporar o efeito de cálculo percutido PIS/COFINS sobre CIDE.
Foto/Imagem: Blog CTF