13 de fevereiro, 2019
Com o lema do governo “Cinquenta anos em cinco”, o presidente JK deu inicio ao maior projeto de rodovias que o Brasil já teve e construiu 20 mil quilômetros de estradas. Diante de toda esta malha, parecia certo que o transporte rodoviário de cargas seria impulsionado.
Antonio C.M. Ruyz, vice-coordenador nacional da COMJOVEM
Sessenta anos após toda esta expansão, ainda saímos do Sul do país com destino ao Norte levando produtos em nossos caminhões, já que 67% do que se produz no Brasil passa pelo transporte rodoviário de cargas.
Após todas essas décadas, o transporte rodoviário de cargas brasileiro passou por grandes transformações, seja com a evolução dos veículos que cada vez mais estão inteligentes e nos permitem uma maior desempenho e resultado, ou no aspecto jurídico, em que sempre estamos buscando leis que possam permitir uma maior segurança em nosso negócio.
Esta transformação é constante no dia-a-dia do transportador e num simples piscar de olhos estaremos em 2050. E eu pergunto: como estará o modal rodoviário de cargas? Será que já estamos pensando no futuro do setor?
Com este pensamento cada vez mais aflorado, a COMJOVEM passa a ter um papel ainda mais importante. Hoje já são 11 anos de estrada e cada vez mais estamos nos consolidando no setor. É como o presidente da NTC, José Helio Fernandes, sempre fala: “A COMJOVEM está sendo protagonista”.
E é pensando no futuro que a COMJOVEM busca constantemente em seus eventos temas que estimulam o jovem a pensar fora da caixa e buscar inovação. Quando abordamos o tema inovação não estamos falando em apenas tecnologia, estamos falando de inovar como pessoas, como profissionais em busca do conhecimento constante.
Estamos em constate evolução, e precisamos cada vez mais pensar como será o transporte de cargas nas próximas décadas: será sobre rodas? Vamos ter motoristas em nossos caminhões? Mas algo é certo: num país como o Brasil, com dimensões continentais, não tem como não pensar cada vez mais na integração entre os modais.
A COMJOVEM tem participado de vários programas com CNT/SEST/SENAT/ITL e com os próprios fornecedores com objetivo de pensar no futuro. Estamos todos preocupados com as mudanças que estão para acontecer, portanto precisamos nos antecipar às novas tendências.
Um exemplo destas boas pratica é o Fórum de Inovação do Transporte, que tem como objetivo pesquisar, informar, acompanhar e apresentar as novidades nas áreas de tecnologia e de inovação para o setor de transporte. O ITL (Instituto de Transporte e Logística) coordena as ações e com uma parceria com SEST/SENAT e com Universidade de Stanford, dos Estados Unidos, vem proporcionando aos seus participantes uma forma de ver modelos de negócios e tecnologias para o setor que sejam capazes de possibilitar o desenvolvimento. A COMJOVEM está participando e contribuindo para esse objetivo.
Nesta revolução tecnológica não podemos esquecer as STARTUPS que se tornaram uma ponte muito importante para a inovação. Pensando nisso, a CNT criou o CONECTA, um programa de incentivo à STARTUPS relacionadas ao transporte e seus modais.
Diante desta evolução, a Mercedes-Benz do Brasil criou um projeto chamado “Cliente 4.0”, que tem como objetivo pensar o futuro do TRC. Hoje, 20 jovens empresários que estão na linha de sucessão de suas empresas, estão participando desse projeto que é pautado no conhecimento e na tecnologia.
Temos a certeza de que estamos contribuindo para a evolução dos integrantes do COMJOVEM, a cada ano eles se aperfeiçoam e contribuem com o setor, inclusive dentro das entidades e na esfera política.
Sou muito grato a todas as oportunidades que a COMJOVEM me proporcionou. Estou desde 2011 participando e a cada ano que passa aprendo mais como pessoa e como profissional. Ninguém precisa dominar todos os assuntos, basta saber que sempre terá alguém disposto a explicar. Este é o espírito da COMJOVEM.
Antonio C.M. Ruyz, vice-coordenador nacional da COMJOVEM