29 de maio, 2017
O Brasil não pode e não deve parar
O Brasil está, a duras penas, emergindo da mais grave recessão de sua história, de uma crise econômica que se instalou no país nos últimos anos, e traz inúmeras consequências para o desenvolvimento da nação e de seus estados. O encolhimento das atividades produtivas resultou no fechamento de muitas empresas, obrigando tantas outras a reduzirem suas atividades. A consequência pode ser observada no assustador número de desempregados que hoje alcança a casa dos 14 milhões de brasileiros em idade ativa e na triste realidade do empobrecimento da população.
Soma-se a esse cenário, as sucessivas crises políticas onde os escândalos de corrupção são o centro do debate. Essa instabilidade é ingrediente que ajuda a retardar o crescimento econômico com afinco.
Mesmo com essa ‘gangorra política’ ativa, é notório que nos últimos meses a economia vem apresentando uma leve recuperação. A perspectiva de um ciclo com inflação estável, com taxa de juros abaixo dos dois dígitos até o fim do ano e a recuperação do emprego traz um clima positivo em meio a turbulência.
Outro ponto importante que vai ao encontro desta perspectiva positiva é a discussão das reformas Trabalhista e da Previdência que tramitam no Congresso Nacional. Essas duas pautas são o alicerce para que a economia não desmorone de vez. Independentemente do clima político que se instale, essas discussões não podem parar, pois isso significaria retroceder o pouco que se conquistou nos últimos meses na tentativa de estancar a crise econômica.
Neste sentido a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado Paraná (FETRANSPAR), que congrega 11 sindicatos, representando 22 mil empresas de transportes de cargas em todo o Estado, reitera o seu posicionamento em defesa da continuidade da discussão dessas pautas, mesmo em meio a esta nova crise política.
Esses projetos foram exaustivamente discutidos nos últimos meses, inclusive com a maciça participação do setor de transportes de cargas que não se omitiu durante todo o processo, sendo protagonista de muitas das propostas que se apresentam na redação dos projetos. Por isso, qualquer movimentação que inviabilize as reformas se mostra o contrário ao interesse do setor de cargas e transportes do estado do Paraná. Um setor extremamente estratégico, que representa 6% do PIB estadual e que agrega mais de 260 mil trabalhadores. O Brasil não pode parar e as reformas precisam continuar em seu curso de debates.
Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (FETRANSPAR)
Sérgio Malucelli – Presidente
Curitiba, 29 de maio de 2017