31 de março, 2017
Clésio Andradre fala sobre a reoneração no setor
A reoneração da contribuição previdenciária, se aprovada pelo governo federal, vai gerar demissão em massa no setor transportador, que, no ano passado, teve que fechar mais de 90 mil postos de trabalho devido à grave crise econômica do país. A retração no PIB do transporte foi de 7,1% em 2016, sendo o pior resultado entre os setores produtivos.
Além disso, a medida vai gerar aumento significativo da inflação, principalmente na área de mobilidade urbana. Na avaliação do presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, “a reoneração penaliza o setor produtivo, que é fundamental para a reativação da economia brasileira”.
Clésio Andrade destaca ainda que o transporte é essencial para qualquer atividade. “Fazemos a movimentação de trabalhadores e transportamos toda a produção do país, desde os insumos aos bens finais”.
A reoneração aumentará significativamente o custo da prestação dos serviços de transporte e impactará o preço dos bens de produção nacional, com reflexo direto sobre a mesa do trabalhador. Isso será decisivo para a redução da renda da população, já comprometida pela crise e pelo elevado nível de desemprego do país. “Sem o transporte, o Brasil para. Os impactos da reoneração atingirão tanto a área de cargas quanto a de passageiros”, diz Clésio Andrade.
Fonte: CNT