Veículos autônomos devem ser usados no transporte público, diz estudo
16 de fevereiro, 2017
Veículos autônomos devem ser usados no transporte público, diz estudo
Texto da UITP indica que os veículos autônomos (sem condutores) poderão piorar e gerar mais congestionamento nas cidades se usados como carros privados.
Um novo estudo da UITP (Associação Internacional de Transportes Públicos) indica que os veículos autônomos (sem condutores) poderão piorar e gerar mais congestionamento nas cidades e rodovias se forem utilizados como veículos particulares, tal como hoje são usados os automóveis. O documento aponta que os veículos autônomos têm vocação para serem utilizados em frotas, nos serviços de transporte público.
O texto Veículos autônomos e seu potencial para mudar a mobilidade urbana defende que os autônomos podem ser utilizados como "robos-táxis", mini-ônibus ou em frotas de carros para compartilhamento. Ao lado de bicicletas, trens, ônibus e bondes, essa alternativa permitiria uma redução dramática do número de carros nas vias, avalia o estudo. Esses veículos também poderiam chegar a lugares de difícil acesso ou realizar o último quilômetro das viagens, especialmente para pessoas idosas ou com restrições de mobilidade.
Essas frotas compartilhadas integradas aos transportes públicos tradicionais poderão reduzir o ruído e a poluição atmosférica, melhorar o tráfego e liberar espaço urbano para outras finalidades mais nobres.
Por fim, a questão letal: os veículos autônomos poderão reduzir drasticamente os acidentes de trânsito: "...mais de 1,2 milhão de pessoas em todo o mundo morrem no trânsito a cada ano e 90% dessas mortes se devem a erros humanos", comenta o secretário-geral da UITP, Alain Flausch.
O especialista alerta as autoridades para a necessidade de planejar a entrada dessa tecnologia neste momento, quando os primeiros testes estão sendo feitos em cidades, como Paris. "Agir agora para moldar a sua implantação ", concluiu Flausch.
Mais informações:www.uitp.org/autonomous-vehicles ou leia o estudo completo no Mobilize.
Fonte: Marcos de Sousa/Mobilize Brasil