Risco de desabastecimento ainda é iminente
10 de setembro, 2021
O risco de desabastecimento é iminente. As manifestações de caminhoneiros registradas em todo o Brasil e inclusive no Paraná, são veementemente repudiadas pela Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná). A entidade representa 10 mil empresas no Estado e é contra aos atos que bloqueiam diferentes pontos em rodovias desde terça-feira.
Em nota, a Fetranspar destaca que “em nenhum destes atos, motoristas ou empresas do setor de transporte estão presentes, sendo movimentos isolados e praticados por profissionais autônomos que não fazem parte da federação”.
Ainda na noite diz desconhecer o teor da pauta e salienta que o direito de ir e vir nas estradas, bem como dos transportadores que necessitam trafegar levando suas cargas, precisam ser respeitados. A Fetranspar chama a atenção para um ponto relevante: nas cidades onde ocorrem as manifestações é iminente o risco de desabastecimento de produtos essenciais que chegam via transporte rodoviário. “Por fim, qualquer pauta de reivindicação deve ser resolvida com diálogo entre as categorias e autoridades competentes, sem que se prejudique o tráfego em estradas ou dentro das próprias cidades”, encerra a nota assinada pelo presidente da Fetranspar, Sérgio Malucelli.
Veja o que diz o presidente da Fetranspar sobre o protesto dos caminhoneiros autônomos:
Há concentração de caminhoneiros em três pontos da BR-277, conforme atualização constante fornecida pela Comunicação da Concessionária Ecocataratas. Os pontos são o km 635 em Céu Azul, o km 668 em Medianeira e o km 710 em Santa Terezinha de Itaipu. O tráfego flui normalmente nesses locais.
Caminhoneiros reduzem manifestações em rodovias de 15 para 8
O presidente da Sintropar, Antonio Ruiz, disse hoje, em entrevista ao Portal Sou Agro, que há sim um risco premente de desabastecimento de alimentos e combustíveis, caso os bloqueios não cessem até a próxima segunda-feira. Entretanto, já há informações de alguns postos em Cascavel com a falta de gasolina. “Não existe sindicato ou federação por trás desse movimento. Estamos repudiando este tipo de comportamento. Não há uma pauta que venha a beneficiar o setor. Trata-se de um movimento meramente político”, disse Antonio Ruiz.
De acordo com o Sindicombustíveis, o cenário ainda é de estabilidade e as entregas estão “dentro da normalidade”.
Fonte: Vandré Dubiela/Sou Agro Foto: Divulgação