PORTOSENAVIOS - Parceria com iniciativa privada transforma o Porto de Paranaguá
26 de junho, 2020
A parceria entre autoridade portuária e operadores da Portos do Paraná está transformando o Porto de Paranaguá. Nesta semana, começou a funcionar um novo shiploader, equipamento usado para carregar navios, no berço 206. Também está sendo instalado um novo guindaste móvel para descarga de fertilizante, nos berços 208, 209 e 211.
Os investimentos são privados e fazem parte dos contratos firmados entre as empresas operadoras, arrendatárias e o poder público. “O modelo de gestão atual obedece às linhas landlord, em que a autoridade portuária é responsável pela administração do porto e por oferecer a estrutura necessária às atividades de movimentação de cargas. Já a iniciativa privada é responsável pela superestrutura: equipamentos, armazéns e mão de obra”, explica o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Neste modelo, os bens reversíveis, adquiridos pelo setor privado, passam a integrar o patrimônio da União após o período de contrato.
Shiploader
O investimento de R$ 30 milhões no berço 206 é da Bunge. O equipamento fez a primeira operação essa semana e carregou 32 mil toneladas de farelo de soja no navio Siana, que partiu com destino a Cingapura.
O shiploader faz parte de um projeto de modernização da faixa portuária e possui sistema de captação de pó, que reduz a emissão de partículas no ar durante o carregamento de navios. “Ele permite um carregamento mais direcionado e com isso evita a emissão de poeira no embarque. O resultado é uma operação mais limpa no Porto de Paranaguá”, diz o diretor de Operações, Luiz Teixeira.
MHC
A Rocha Terminais Portuários vai instalar uma nova grua móvel para desembarque de fertilizantes, nos berços 208, 209 e 211. O investimento é de 3,6 milhões de Euros (€). O guindaste tem capacidade de 100 toneladas de carga e grabs de descarga de 28 metros cúbicos. O equipamento chegou no último dia 06 e deve entrar em operação nos próximos dias.
Portêiner
Em julho, dois equipamentos para movimentação de contêineres usados no porto completam um ano. Os portêineres são os maiores do Brasil, com 66 metros de lança e 50 metros de vão livre a partir do trilho, podendo alcançar até 24 fileiras no navio.
A aquisição faz parte da ampliação do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). Os investimentos superam R$ 600 milhões, sendo considerada a maior obra do setor portuário do Brasil nos últimos anos.
Mais um berço
O terminal da Fospar, operadora de graneis sólidos de importação nos berços 200 e 200A, no Porto de Paranaguá, prevê um aumento de 600 mil toneladas por ano, a partir deste ano, com a conclusão dos recentes investimentos - cerca de R$ 225 milhões - e retomada de utilização do berço interno do píer (200A).
Em um projeto próprio de otimização, que teve início em 2016 e foi concluído no ano passado, a empresa construiu um novo armazém, fez a dragagem do berço interno e equipou o terminal com novos sistemas de correias transportadoras para a descarga (dos navios) e também para o carregamento de caminhões e vagões, bem como a implantação de sistemas e tecnologias de ponta para dinamizar a operação logística.
Com as recentes melhorias, a empresa passa a contar com dois armazéns, dois sistemas de correias de descarga de produtos, e outros quatro sistemas de retomada para carregamento, que servem para carregar tanto vagões como caminhões que levam os produtos para o destino.
As novas estruturas bem como a retomada da utilização do berço interno foram operacionalizadas a partir de março após a obtenção de todas as autorizações dos órgãos competentes.
Armazenagem
Na retroárea, um grande investimento em expansão foi realizado, este ano, pela empresa Cattalini, uma das principais operadoras dos graneis líquidos no Porto de Paranaguá. Desde abril está em operação o novo centro de tancagem, o CT4.
Como informa a empresa, na área de 25.700 metros quadrados são 17 tanques com capacidade de armazenar até 91.000 m3 de líquidos. O novo CT, segundo a Cattalini, aumenta a capacidade estática da empresa em 17,5%.
Com as novas instalações, a operadora dispõe de 133 tanques, 610 mil m³ para armazenagem de diversos produtos, distribuídos em cinco Centros de Tancagens (CTs) alfandegados e entrepostados.
Fonte e Fotos: Portos e Navios