Porto de Paranaguá prevê escoamento recorde de grãos até o fim de 2023
06 de novembro, 2023
No Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná e um dos principais portos graneleiros da América Latina, a corrida é contra o tempo: até dezembro a meta é despachar 3,5 milhões de toneladas de soja, 1 milhão de tonelada de farelo de soja e 500 mil toneladas de milho.
“A gente teve uma demanda muito forte o ano todo, seja do milho, soja, seja do farelo de soja que é uma carga que opera o ano inteiro de uma forma regular. Agora, no último trimestre, é hora de executar o que planejamos o ano todo e conseguir entregar o que o mercado vem nos demandando”, explica o diretor de operações Gabriel Vieira.
Atualmente, 14 navios estão atracados no Porto de Paranaguá e outros 54 estão na fila de espera para atracar no corredor de exportação leste – o principal para a saída de grãos.
Todos devem sair carregados até o fim do ano.
Mas, para que a safra desse ano possa escoar, o produtor precisa vender. Isso porque tem muito grão parado nos silos e nos armazéns do estado.
Segundo a Organização das Cooperativas do Paraná, a Ocepar, 25% da produção de soja ainda está parada.
“Se a gente somar o que o produtor não vendeu de soja e milho no Paraná, nós temos algo em torno de 14 milhões de toneladas. Só que não é só isso que está nos armazéns... É o que já está comercializado e está com cerealistas, indústrias, cooperativas para escoar”, expõe o gerente de desenvolvimento técnico da Ocepar, Flávio Turra.
Segundo ele, este cenário se deve muito por conta dos preços.
“O produtor plantou sua safra verão 22/23 com um preço bem acima do que está sendo praticado agora. Por conta disso, ele está com expectativa ainda de que o mercado volte a reagir e com isso está segurando a produção. No entanto, os preços não estão reagindo conforme o produtor estava esperando. E também a gente está visualizando a curto e médio prazo que não deveremos ter grande variação em relação ao atual preço”, analisa.
A capacidade de armazenagem do Paraná é de 32 milhões de toneladas de grãos, 8 milhões a menos do que o ideal.
Fonte: G1 Foto: Divulgação