PIB cresce 2,9% em 2023 e fecha o ano em R$ 10,9 trilhões

PIB cresce 2,9% em 2023 e fecha o ano em R$ 10,9 trilhões

04 de março, 2024

Em 2023, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 2,9% frente a 2022. Houve crescimentos na Agropecuária (15,1%), na Indústria (1,6%) e em Serviços (2,4%). O PIB totalizou R$ 10,9 trilhões em 2023. O PIB per capita alcançou R$50.193,72 em 2023, um avanço real de 2,2% ante o ano anterior.
A taxa de investimento em 2023 foi de 16,5% do PIB, enquanto em 2022 registrou 17,8%. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 15,4% em 2023 (ante 15,8% de 2022).

Frente ao 3º trimestre, na série com ajuste sazonal, o PIB apresentou estabilidade (0,0%). A Indústria avançou 1,3%, os Serviços apresentaram variação positiva de 0,3%, enquanto a Agropecuária recuou 5,3%.

Em relação ao 4º trimestre de 2022, o PIB avançou 2,1% no último trimestre de 2023, 12º resultado positivo consecutivo nesta base de comparação. Agropecuária registrou estabilidade, enquanto a Indústria avançou 2,9% e Serviços cresceu 1,9%.

O PIB em 2023 cresceu 2,9% ante o ano anterior. Houve aumento de 3,0% no Valor Adicionado a preços básicos e de 2,1% no volume dos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (15,1%), Indústria (1,6%) e Serviços (2,4%).

O PIB per capita alcançou R$ 50.193,72 (em valores correntes) em 2023, um avanço (em termos reais) de 2,2% em relação ao ano anterior.

A alta na Agropecuária decorreu, principalmente, do crescimento da produção e ganho de produtividade da atividade Agricultura. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), várias culturas registraram crescimento de produção no ano de 2023, tendo como destaque a soja (27,1%) e o milho (19,0%), que alcançaram produções recordes na série histórica. Por outro lado, algumas lavouras registraram queda na estimativa de produção anual, como, por exemplo, trigo (-22,8%), laranja (-7,4%) e arroz (-3,5%).

Já na Indústria, os destaques positivos foram as Indústrias Extrativas, que cresceram 8,7% devido, principalmente, à alta na extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro, e a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,5%), influenciada pela melhora nas condições hídricas em relação à 2022 e o aumento das temperaturas médias do ano.

As Indústrias de Transformação (-1,3%) apresentaram desempenho negativo, causado principalmente pela queda na fabricação de: produtos químicos; máquinas e equipamentos; metalurgia; indústria automotiva. Já a Construção também registrou queda de 0,5%, sendo tal recuo corroborado pelas quedas na produção dos insumos típicos e na ocupação.

Em Serviços, todas as atividades apresentaram crescimento: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (6,6%), Atividades imobiliárias (3,0%), Outras atividades de serviços (2,8%), Informação e comunicação (2,6%), Transporte, armazenagem e correio (2,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,1%) e Comércio (0,6%).

Pela ótica da despesa, houve queda de 3,0% da Formação Bruta de Capital Fixo. Dentre seus componentes, destaca-se a queda de máquinas e equipamentos (-9,4%).

A Despesa de Consumo das Famílias avançou 3,1% em relação ao ano anterior puxada pela massa salarial real, pelo arrefecimento da inflação e pelos programas governamentais de transferência de renda. A Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, registrou crescimento de 1,7%.

No âmbito do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 9,1%, enquanto as Importações de Bens e Serviços caíram 1,2%.

PIB apresenta estabilidade em relação ao 3º tri de 2023

O PIB apresentou estabilidade (0,0%) na comparação do quarto contra o terceiro trimestre de 2023, na série com ajuste sazonal. A Indústria avançou 1,3%, os Serviços apresentaram variação positiva de 0,3%, enquanto a Agropecuária recuou 5,3%, respectivamente.

Dentre as atividades industriais, houve alta nas Indústrias Extrativas (4,7%), na Construção (4,2%) e na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (2,8%). Já as Indústrias de Transformação (-0,2%) registraram variação negativa.

Nos Serviços, as atividades de Outras atividades de serviços (1,2%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%), Atividades imobiliárias (0,1%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,1%) apresentaram resultados positivos. Em contrapartida, contribuíram negativamente: Comércio (-0,8%), Transporte, armazenagem e correio (-0,6%) e Informação e comunicação (-0,1%).

Pela ótica da despesa, houve crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo e da Despesa de Consumo do Governo (ambas com 0,9%), ao passo que houve variação negativa da Despesa de Consumo das Famílias (-0,2%).

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços ficaram praticamente estáveis (0,1%), enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 0,9%.

Em relação ao 4º tri de 2022, PIB cresce 2,1%

Frente ao 4º trimestre de 2022, o PIB avançou 2,1%, apresentando o 12º resultado positivo consecutivo nesta comparação. O Valor Adicionado a preços básicos cresceu 2,3% enquanto os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios registraram alta de 0,7%.

A Agropecuária registrou estabilidade em relação a 2022. A taxa da Agropecuária também pode ser explicada pelo desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no trimestre e pela produtividade. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA-IBGE). Entre os produtos agrícolas cujas safras são significativas no quarto trimestre podemos destacar: trigo (-22,8%), laranja (-7,4%), mandioca (5,1%) e cana (14%).

A Indústria avançou 2,9% e os principais destaques foram: Indústrias Extrativas, que cresceram 10,8%, puxadas pela alta na extração tanto de petróleo e gás quanto de minério de ferro, e a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (8,7%), influenciado pelas altas temperaturas do período.

A atividade de Construção avançou 0,9% no trimestre. Já as Indústrias de Transformação tiveram resultado negativo de 0,5% no quarto trimestre sendo influenciadas pela queda da fabricação de máquinas e equipamentos; fabricação de produtos farmoquímicos; fabricação de veículos automotores e metalurgia.

O valor adicionado de Serviços cresceu 1,9% na comparação com o mesmo período de 2022. Tal avanço foi provocado pelos resultados positivos de Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,6%), Atividades Imobiliárias (2,7%), Outras atividades de serviços (2,4%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,7%). A atividade de Transporte, armazenagem e correio (0,0%) ficou estável, enquanto as atividades de Informação e comunicação (-0,3%) e o Comércio (-0,1%) apresentaram variação negativa.

Dentre os componentes da demanda interna no quarto trimestre de 2023, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu 2,3%, favorecido pela continuidade da melhora no mercado de trabalho, arrefecimento da inflação e programas governamentais de transferência de renda. A Despesa de Consumo do Governo (3,0%) também teve elevação no período.

A Formação Bruta de Capital Fixo teve queda de 4,4% no quarto trimestre de 2023, justificado pela queda tanto da produção interna quanto da importação de bens de capital.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 7,3% enquanto as Importações de Bens e Serviços recuaram 0,9% no quarto trimestre de 2023. Dentre as exportações, os destaques foram de agricultura; extrativa mineral; derivados de petróleo e produtos alimentícios. Dentre as importações, as maiores quedas foram: produtos químicos; derivados de petróleo, produtos farmacêuticos e máquinas e equipamentos.

Fonte: Redação Bem Paraná com IBGE Foto: Divulgação

 

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