OCEPAR - Oficina discute gargalos e planos de investimentos para o Estado
17 de abril, 2019
A infraestrutura deficiente e deficitária é considerada um dos maiores gargalos do Brasil, um problema que afeta os custos, dificulta a logística e reduz a competitividade dos produtos agropecuários dentro e fora do país. O que fazer e, principalmente, como solucionar as questões envolvendo o transporte rodoviário, ferroviário, portuário, hidroviário e aeroportuário, foram os assuntos da oficina técnica que aconteceu no último dia 16, no auditório do Sistema Ocepar, em Curitiba.
G7
O evento foi uma inciativa do G7, grupo formado pelas federações representativas do setor produtivo paranaense, Itaipu Binacional, Sebrae/PR e Fundação Parque Tecnológico de Itaipu (FPTI). O público-alvo são os integrantes do próprio G7 e das entidades promotoras do evento, além de órgãos do governo e das empresas públicas e privadas que atuam nos modais utilizados no transporte da produção paranaense. “A presença de todos aqui é uma demonstração do quanto o tema infraestrutura é importante. O G7 tem uma expectativa grande em relação a esse trabalho. O propósito do grupo é claro: estudar as oportunidades de negócios que o Paraná tem e analisar com profundidade as dificuldades e desafios. Sem entender isso, não conseguimos avaliar as condições de competitividade do nosso estado”, disse o coordenador do G7 e presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.
Participações
Além de Ricken, participaram da abertura da oficina o vice-governador Darci Piana; o secretário da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex; o Coronel Sérgio Malucelli, presidente da FETRANSPAR, foi representado pelo Tenente Coronel Manoel Jorge dos Santos Neto; o presidente da Faep e integrante do G7, Ágide Menegette, e Marcos Domakoski, presidente do Movimento Pró Paraná.
Participou também o assessor especial da diretoria de Coordenação da Itaipu, coronel Jorge Ricardo Aureo Ferreira. Na ocasião, ele destacou que uma das missões que recebeu ao assumir o cargo é analisar os convênios e verificar se têm aderência à missão da empresa. “Por este motivo, hoje estou aqui mais para ouvir do que falar”, disse, referindo-se ao fato de que sua participação na oficina é como espectador.
Apoio
Em sua fala, Darci Piana disse que seu objetivo no governo é fazer a intermediação com o setor produtivo. “Fui coordenador do G7 por sete anos. Esse grupo não tem regimento e nem estatuto, mas tem um propósito extraordinário, que é ajudar no desenvolvimento do Paraná. O nosso interesse sempre foi o bem do Paraná, independente de quem está no governo. Nunca misturamos política e agora não vai ser diferente”, frisou o vice-governador, lembrando que o G7 já apoiou projetos do Estado nas áreas de educação, saúde e segurança.
Parcerias
Em relação a participação do Sebrae e da Itaipu nas ações de apoio, principalmente, de planejamento do governo, Piana lembrou que na fase de transição de governo, não havia recursos para projetos de planejamento. “O Estado não tem uma estrutura preparada para planejar investimentos. Mesmo que tenha dinheiro para obras, o fato e que não sabemos onde e como investir. Então, o G7, buscou a parceria do Sebrae e da Itaipu para aumentar o volume de recursos para essa finalidade. Este trabalhou possibilitou a contratação da Fundação Dom Cabral para ajudar a planejar o estado para os próximos 10, 20, 30 anos”, disse.
Conselho
Piana reforçou ainda que a missão do novo governo é fazer uma gestão moderna e democrática, “É por esse motivo que o setor produtivo está aqui hoje, como sempre esteve, aliás, buscando colaborar com o Estado para que tenhamos as obras necessárias para a Infraestrutura”, afirmou. O vice-governador encerrou sua fala com duas informações de interesse do setor produtivo: a de que nos próximos dias será anunciado pelo governo do estado um amplo pacote de medidas na área de infraestrutura, que deve contemplar a boa parte das demandas do setor produtivo; e também de que sendo preparado um Conselho de Desenvolvimento do Paraná. “Será um grupo enxuto, com não mais que 20 integrantes, e que irá se reunir com o governador ao menos uma vez ao mês, para tratar dos interesses do Estado e ver em que o setor produtivo pode ajudar”, contou.
Apresentações
Na sequência da oficina, o secretário Sandro Alex, apresentou os planos de governo na área de infraestrutura. Depois disso, o encontro seguiu com palestras ministradas pelo diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), João Alfredo Zampieri, pelo presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Fernando Garcia da Silva, pelo diretor administrativo-financeiro da Ferroeste, Carlos Roberto Fabro, pelo diretora de Relações Governamentais da Rumo, Giana Custodio, pelo superintendente do Aeroporto Afonso Pena, Antonio Pallu, e pelo professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Eduardo Ratoon.
Infraestrutura
“Temos uma secretaria importante com um dos maiores orçamentos, e que é responsável por toda a logística”, disse o secretário Sandro Alex. Segundo ele, “poder vir na casa do cooperativismo e poder falar dos nosso trabalho e ouvir o setor é importante. A grande preocupação é saber quais são as obras, o planejamento e os investimentos que serão realizados, não só neste governo, mas também para as próximas décadas. O primeiro passo foi dado que é a recuperação da credibilidade da secretaria, que ainda passa por investigações. Estamos colaborando para que tudo seja esclarecido. Hoje temos a primeira secretaria do país a ter um programa implantado de Compliance, onde o foco principal é a propriedade, moralidade e transparência. Ou seja, fazer a coisa certa, seguir no caminho correto. Estamos revisando todos os contratos que foram realizados anteriormente para dar condições de podermos trabalhar de forma segura”, disse o secretário.
Fonte e Foto: Sistema Ocepar