NTC&LOGÍSTICA - Entidade espera que piso mínimo deixe de existir
13 de fevereiro, 2019
Durante a realização da reunião do Conet/Intersindical, realizada em João Pessoa (PB), nos dias 7 e 8, o presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes, não escondeu sua insatisfação em relação a tabela mínima de frete. “Esperamos que o piso mínimo deixe de existir. Isso tem gerado uma preocupação muito grande no setor empresarial”, acrescentou em nota distribuída pela entidade.
Para Fernandes, a única coisa que vai resolver é a economia voltar a expandir. “Se a economia crescer 4%, ninguém vai falar em piso de frete, porque o que regula isso é a oferta e demanda, e o problema será resolvido”, afirmou o presidente.
Otimismo
O encontro, que reuniu empresários de transportes e dirigentes de entidade de classe, revelou os resultados da pesquisa da NTC&Logística com 1.500 representantes do setor. O estudo apontou que 44,5% dos entrevistados acreditam que as taxas de frete vão aumentar neste ano. Outros 42% apostam que valor do frete no futuro ficará estável, enquanto apenas 13,5% avaliam que cairá.
Sobre a tabela de frete mínimo, promulgada pelo governo para atender as reivindicações dos caminhoneiros, apenas 10,9% dos entrevistados disseram que pagam acima do piso oficial. Já 39,9% dos entrevistados admitem que pagam “igual ou bem parecido” e 49,2% ainda contratam abaixo do piso.
Em contrapartida, o levantamento apontou também que 64,8 % dos empresários do setor recebe abaixo do piso mínimo de frete; 22,8 % “igual ou bem parecido” e 12,4% acima do estabelecido.
O levantamento da NTC&Logística mostrou ainda uma melhora na situação do empresariado. Enquanto há 3 anos atrás o percentual de respondentes da pesquisa apontou que 71% estavam em situação pior que a anterior, no levantamento de 2019 este percentual caiu para 36%. Para o assessor técnico da NTC&Logística, Lauro Valdivia, isso ocorre em meio a uma melhora da economia, mas também há o componente da tabela do frete.
Apesar da ressalva do presidente da NTC em relação a tabela, a própria pesquisa da entidade revelou uma outra realidade. Nada menos que 53,6% dos entrevistados disseram que ela é “boa” para o transporte rodoviário de cargas. Outros 24,7% mostraram-se indiferentes e 21,7% acreditam que ela prejudica o setor.
Fonte e Foto: NTC