Os deslizamentos nas rodovias paranaenses poderiam ter sido previstos. Foi o que apontou um levantamento divulgado pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). A FAEP contratou o geólogo Elbio Pellenz para analisar os deslizamentos que aconteceram na BR-277 e também na BR-376.
O objetivo era entender quais eram os riscos que existiam e se de alguma forma os deslizamentos que aconteceram poderiam ser previstos e atenuados.

De acordo com o Técnico do Sistema FAEP, Nilson Hanke Camargo, o estudo apresentado pelo geólogo mostra que os problemas poderiam ter sido identificados com monitoramentos frequentes e com o uso de instrumentos como telemetria contínua e sistema de alarmes.

Inspeções que, segundo ele, teriam apontado áreas de instabilidade e permitiriam a possibilidade de intervenções e até mesmo de medidas preventivas.

Ainda de acordo com Hanke os incidentes registrados na BR-277 estão diretamente ligados ao fim da concessão das rodovias paranaenses.

Na BR-277 os contratos de concessão foram encerrados em novembro de 2021. Em agosto de 2021 a FAEP havia entregue ao G7, grupo que reúne entidades do setor produtivo, um documento alertando sobre os riscos da interrupção dos serviços prestados pelas concessionárias.

A FAEP defendia inclusive que fossem firmados aditivos de contrato entre o governo do estado e a concessionária para que as concessões fossem mantidas até que se fizessem as novas licitações.

Fonte: Band News Foto: Rodrigo Felix Leal/SEIL