GP - Greve dos caminhoneiros já deixa cidades da região metropolitana sem combustível
23 de maio, 2018
A greve dos caminhoneiros já começa a impactar a vida da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Como os caminhões-tanque não conseguem chegar aos postos de combustível de cidades como Itaperuçu e Rio Branco do Sul, os motoristas estão encontrando bombas vazias e uma enorme dificuldade de abastecer seus veículos na manhã desta quarta-feira (23).
De acordo com o gerente de um posto em Rio Branco do Sul, Ezequiel Gonçalves da Silva, os postos da cidade estão praticamente secos desde o início da semana. “A gasolina e o álcool acabaram já na segunda à tarde. Estamos só com um pouco de diesel, mas que deve acabar em uma hora ou duas”, diz. E o caso dele não é único, já que outros postos da região encaram a mesma situação neste terceiro dia de paralisação nas estradas.
O gerente conta que a nova carga de combustível deveria ter sido entregue na segunda-feira, dia em que os protestos dos caminhoneiros começaram. Por causa disso, as bombas não foram reabastecidas e ele já percebeu que ia enfrentar problemas. “A gente foi abastecendo os carros enquanto tinha gasolina e álcool, mas já fomos avisando os clientes que isso poderia acontecer”, relembra. “Ainda tem muita gente ligando perguntando se temos alguma coisa, mas a grande parte do pessoal já sabe que não”.
Por causa disso, Silva já começa a amargar também o prejuízo. Sem gasolina nas bombas, o movimento em seu posto ficou praticamente parado nos últimos dias. “O pouco que tem é por causa do diesel, que já está acabando”, lamenta.
Carros oficiais
Além disso, a falta de combustíveis na RMC põe em risco também o atendimento em serviços públicos. Como muitos carros oficiais utilizam gasolina ou álcool, o medo é que eles fiquem inoperantes pela falta de combustível. No caso do Hospital Municipal de Rio Branco do Sul, por exemplo, a recomendação aos motoristas das ambulâncias é que abasteçam em Curitiba para evitar problemas no atendimento a pacientes.
Já a delegacia da cidade diz não sofrer com os reflexos da greve porque todas as viaturas foram totalmente abastecidas antes do desabastecimento no município e que, por ora, não enfrenta problemas e que não há nenhuma recomendação caso seja preciso encher novamente o tanque.
No entanto, o gerente do posto acredita que outros veículos oficiais podem ter problemas nos próximos dias caso a situação não se normalize. “Hoje mesmo ainda abastecemos alguns ônibus escolares com diesel, mas ele está acabando. Se continuar assim, eles podem acabar parados também”, diz.
Fonte e Foto: Gazeta do Povo