G1 - Preço da gasolina sobe pela 3ª semana seguida e atinge maior valor do ano
04 de setembro, 2017
O preço médio da gasolina nos postos do país subiu pela 3ª semana consecutiva, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). De acordo com o levantamento semanal, o litro do combustível ficou 0,13% mais caro, passando de R$ 3,773 para R$ 3,778. O valor é o maior registrado no país neste ano.
E a tendência continua de alta. A Petrobras irá elevar, a partir deste sábado (2), o preço da gasolina em 2,7% nas refinarias. O repasse ou não ao consumidor fica a critério dos postos.
Na quinta-feira, a estatal já havia anunciado um aumento de 4,2% na gasolina, com validade a partir desta sexta-feira, depois da disparada das cotações internacionais provocada pela passagem do furacão Harvey. Nos EUA, o preço da gasolina atingiu máxima de 2 anos após a tempestade tropical atingir o centro da indústria de refino.
A Petrobras passou a adotar a nova política de preços de combustíveis em 3 de julho. Desde então, os anúncios de reajustes passaram a ser mais frequentes, inclusive diariamente. Desde o início do novo método, os preços da gasolina acumulam alta de 13,05%.
O preço da gasolina vinha em trajetória de queda desde maio. A tendência se reverteu após o governo anunciar um aumento do PIS e Cofins sobre os combustíveis, uma medida para elevar a arrecadação fiscal.
Etanol e diesel
O preço do diesel recuou para o consumidor final nesta semana. O valor cobrado por litro, que estava em R$ 3,103, foi para R$ 3,101.
Já o preço do etanol voltou a subir. O valor médio por litro passou de R$ 2,597 para R$ 2,615.
A ANP consultou 3.092 postos para calcular a média de preços da gasolina, 2.730 para o etanol e 1.767 para o diesel.
Nova política da Petrobras
No fim de junho, a Petrobras revisou sua política de preços do diesel e da gasolina, dando certa liberdade para que a área de marketing e comercialização da empresa reajuste as cotações na refinaria de forma mais frequente, inclusive diariamente. A ideia é que os preços domésticos não fiquem aquém das observadas no exterior. O objetivo é buscar maior competitividade e recuperar receita e participação de mercado – devido ao aumento das importações de combustíveis, distribuidoras concorrentes vêm ganhando mercado da estatal.
Em nota divulgada na quarta-feira, a Petrobras informou "que os ajustes promovidos têm sido suficientes para garantir a aderência dos preços praticados pela companhia às volatilidades dos mercados de derivados e ao câmbio".
Fonte: G1/Darlan Alvarenga