Deslizamento na BR-277 completa dois meses; Fetranspar aponta prejuízo por causa de interdição
15 de dezembro, 2022
O deslizamento de pedras que atingiu a BR-277 em outubro completa, nesta terça-feira (14), dois meses. Até o momento, a rodovia segue parcialmente interditada e a previsão de liberação do trecho segue incerta. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o projeto é liberar pelo menos uma pista até 22 de dezembro.
Por enquanto, motoristas que circulam pelo local próximo do km 42, onde ocorreu o deslizamento, precisam percorrer cerca de dois quilômetros de pista simples, o que tem aumentado o congestionamento no trecho. A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) aponta que o problema tem causado prejuízos para o setor.
O presidente da instituição, Sérgio Malucelli, criticou a dificuldade de se concluir as obras de reparo no trecho. Para ele, a situação poderia ter sido normalizada se os esforços do poder público tivessem sido tomados. O prejuízo das transportadoras chegou a R$ 60 milhões por dia.
O representante das transportadoras afirmou que é necessário uma força-tarefa de vários órgãos para que a rodovia seja desinterditada o quanto antes. Ele disse que o prejuízo é grande para as empresas que precisam escoar produtos para o porto de Paranaguá.
O presidente da Fetranspar alertou que a movimentação no porto será recorde no ano de 2023 com a safra de grãos no primeiro trimestre. Ele apontou ainda que o período de verão é caracterizado por chuvas intensas. Por causa disso, os reparos precisam ser realizados de maneira rápida.
O DNIT informou que não há dinheiro para obras emergenciais. Em entrevista à CBN, no dia 8 de dezembro, o superintendente do departamento, Hélio Gomes da Silva Júnior, afirmou que não houve previsão orçamentária para o final do ano. Diante dessa situação, não há verba suficiente para obras no local atingido.
O superintendente contou que o DNIT está tentando adquirir mais recursos para realizar os reparos necessários na rodovia. Ele pediu união por parte de parlamentares em Brasília para que o Governo Federal ajude na distribuição de verbas.
Fonte: CBN Foto: Divulgação