Comitê ESG do Paraná avança e define temas para trabalho entre setores público e privado

Comitê ESG do Paraná avança e define temas para trabalho entre setores público e privado

10 de dezembro, 2021


O governador Carlos Massa Ratinho Junior liderou nesta quinta-feira (9) a segunda reunião do comitê público-privado sobre ESG (sigla que diz respeito a práticas ambientais, sociais e de governança), que reúne órgãos do Governo do Estado e empresas em prol de disseminar boas práticas no Paraná. Durante o encontro, o grupo liderado por Governo do Estado e Grupo Boticário avançou na criação de uma metodologia de trabalho.
“Esse é o primeiro comitê público-privado da área de sustentabilidade do Brasil. É uma ideia criada junto a várias empresas importantes que já têm boas práticas de ESG. Temos a honra de unirmos diversos parceiros participando e trazendo ideias para que a gente possa ter um mundo melhor cuidando do meio ambiental, da área social e da parte de governança. Estamos pensando o presente e planejando o futuro”, afirmou o governador.


Lançada em outubro, a agenda de longo prazo tem o objetivo de avançar em discussões estratégicas que possam implementar projetos com impacto socioambiental positivo através de uma parceria coordenada entre as instituições. 


O comitê visa tornar o Paraná uma referência nacional em gestão de sustentabilidade, inclusão social e competitividade no ambiente de negócios. A expectativa é replicar o modelo a outros estados, engajando todo o País.


PRÓXIMOS PASSOS – Desde a primeira reunião, foram selecionados doze temas de interesse para serem incluídos na agenda. Os tópicos foram apresentados nesta segunda reunião, reunindo interessados para compor cada grupo de trabalho.


Os temas são divididos em um grupo ambiental e um social. Os ambientais abarcam resíduos sólidos, água, energia, biodiversidade, emissão de gases de efeito estufa e gestão pública ambiental. Já os sociais são voltados aos cidadãos e líderes e pequenas e médias empresas, e abrangem diversidade de inclusão, olhar para PMEs, empreendedorismo, educação, inclusão social e gestão pública social.


A partir de agora, cada tema será capitaneado por uma dupla, formada por um ente público e um privado, que vai liderar um corpo técnico das outras empresas para trabalhar com uma agenda mais ampla. Cada grupo constituído terá autonomia para estabelecer sua própria dinâmica de trabalho.


“Ou seja: eu pego um tema como resíduos sólidos e vou trabalhar com subtemas: resíduos eletroeletrônicos, circularidade, descarte de embalagens, tratamento do lixo. A contribuição dos grupos é fundamental para termos uma política ampliada, porque até então tínhamos sempre políticas voltadas a um setor ou a uma empresa. Aqui, temos uma amplitude maior para poder solucionar problemas de forma mais definitiva”, destaca o vice-presidente do Conselho do Grupo Boticário e co-líder da iniciativa, Artur Grynbaum.
A expectativa do grupo é lançar até o final do ano uma agenda com a proposta de calendário para 2022. Serão dois encontros por ano, reunindo as principais lideranças das empresas. Em cada reunião, será apresentada a evolução dos trabalhos, abrindo espaço para propostas de rotas de correção e novos ajustes. 
“Estamos todos empolgados animados com relação ao tema, e precisamos aproveitar essa animação e transformar em trabalho. Obviamente a sociedade será beneficiada, mas também queremos fazer com que pequenas empresas já nasçam em um modelo correto, que as pessoas já saiam das escolas com o pensamento correto. Só com isso, já estaríamos dando um passo gigantesco na conscientização e atuação em ESG no Paraná”, acrescentou Grynbaum.


EMPRESAS – O presidente da Mondelez, Liel Miranda, ressaltou que essa é uma oportunidade única para a iniciativa privada e pública se unirem em prol dos preceitos de ESG. A empresa ficou responsável pela co-liderança no tema de diversidade e inclusão. 


“Esse é um valor muito importante para nós. Já temos trabalhado com isso não apenas na fábrica do Paraná, onde temos 3 mil colaboradores, mas no Brasil inteiro. Esperamos trazer práticas de inclusão que já fazemos para ajudar que novas empresas possam se desenvolver com mais rapidez. Nosso maior interesse é desenvolver as políticas públicas de ESG em parceria com o Paraná”, afirmou. 


Já Cristiano Teixeira, CEO da Klabin, afirma que o ESG acompanha a empresa desde a sua criação, já que o desenvolvimento sustentável está atrelado à sua estratégia de negócios. “Acreditamos que o setor público, privado e a sociedade só têm a ganhar com um comitê que discutirá soluções para a crise hídrica, energias renováveis, emissões de gases poluentes, tratamento de resíduos sólidos, além de capacitação de grupos minoritários para empregabilidade pelo setor privado. A Klabin, como uma empresa que está na vanguarda da sustentabilidade, acredita que ações como essa serão essenciais para um futuro melhor”, apontou.


Fonte: AEN 
Foto: AEN
 

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