CNT - Arena ANTP discute mobilidade urbana nas grandes cidades

CNT - Arena ANTP discute mobilidade urbana nas grandes cidades

25 de setembro, 2019

Teve início, nesta terça-feira (24), a Arena ANTP 2019 – Congresso Brasileiro de Mobilidade Urbana, a 22ª edição do Congresso Bianual da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), em São Paulo. Os desafios para a mobilidade urbana nas grandes cidades foi o assunto que dominou a manhã de abertura evento. São Paulo (SP), Campinas (SP) e Vitória (ES) apresentaram suas políticas de transporte e principais dificuldades enfrentadas no dia a dia.

No primeiro painel, foram apresentadas as propostas que estão sendo implementadas na cidade e no estado de São Paulo. De acordo com o analista de políticas públicas da Secretaria de Mobilidade e Transportes da prefeitura de São Paulo, Luan Chaves, os grandes desafios estão relacionados, principalmente, à segurança no trânsito. A meta da cidade é reduzir o número de mortos em mais de 50% até 2030. Apenas em 2018, 849 pessoas perderam a vida no trânsito do município. A priorização do transporte coletivo sobre o transporte individual também é motivo de atenção para a prefeitura, que tem como meta chegar ao número de 565 km de faixas e corredores exclusivos para ônibus.

Para o secretário executivo da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Paulo Galli, a falta de capacidade de investimento em infraestrutura de transporte no momento econômico do país é um ponto de preocupação. “Estamos buscando recursos privados em outros países para conseguir investir em infraestrutura de transporte de massa”, diz Galli, lembrando que o custo para a construção de cada quilometro de metrô é de, aproximadamente, R$ 850 milhões de reais.

Campinas

Carlos José Barreiro, Secretário de Transportes de Campinas, apresentou as políticas de mobilidade da cidade. A redução constante do número de mortes é um dos orgulhos. Barreiro considera que muitos desses números estão ligados à redução no limite de velocidade urbana (em alguns lugares da cidade, a velocidade máxima é de 40 km/h) e ao aumento da fiscalização.

A cidade também tem priorizado a mobilidade ativa e o transporte coletivo. Com as melhorias nas calçadas, os pedestres conseguem andar com mais facilidade em trechos curtos. O aumento das ciclovias, integradas ao sistema de transporte coletivo, também tem gerado bons resultados na mobilidade da cidade.

Grande Vitória

A experiência de mobilidade da Grande Vitória também foi apresentada nesta manhã. Para o secretário de Mobilidade e Infraestrutura do Espírito Santo, Fabio Ney Damasceno, a integração entre os diversos modais é a chave do sucesso para os bons resultados.

Recentemente a cidade implantou o bilhete único, que tem sido o indutor de mudanças no transporte público da região metropolitana. Com a renovação de frota já iniciada e a integração de diversos modais, o governo investe, agora, na ampliação de pontos de vendas e recargas do cartão e no processo de informação para os passageiros.

De acordo com o secretário, atualmente, apenas 35% das viagens são pagas com dinheiro e o objetivo é reduzir ao máximo esse número. Damasceno lembra que o pagamento eletrônico aumenta a segurança no transporte – já que há menos dinheiro circulando – e garante maior rapidez no embarque dos passageiros, diminuindo os atrasos do sistema.

Organizado pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), o evento é um espaço para representantes de órgãos governamentais, especialistas do mercado e de empresas, do Brasil e do mundo, abordarem os principais avanços em mobilidade urbana, novidades, impactos no trânsito, meio ambiente, benefícios para a população, entre outros.

Sistema CNT

A CNT (Confederação Nacional do Transporte), o SEST SENAT e o ITL (Instituto de Transporte e Logística) participam da Arena ANTP. Em um estande, os visitantes podem conhecer e experimentar o simulador de direção do SEST SENAT e obter informações sobre a atuação das entidades.

Fonte: CNT Foto: Divulgação

 

 

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