BEM PARANÁ - Qualidade das rodovias federais cai a cada ano no país, diz Confederação
25 de agosto, 2017
A qualidade das rodovias federais vem caindo a cada ano no país. Os dados estão em um estudo divulgado nesta quinta-feira (24) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). De acordo com a pesquisa “Por que os pavimentos das rodovias do Brasil não duram?”, 49% do piso das rodovias federais públicas estava desgastado em 2016 e só 32% estavam em boas ou perfeitas condições.
As rodovias federais concedidas têm uma situação um pouco melhor: no ano passado, cerca de 4,4 mil quilômetros do total de 12 mil quilômetros estavam em boas condições (36%); mas a maioria da malha também está desgatada: são aproximadamente 5,9 mil quilômetros (49%).
Para a CNT, isso decorre de vários fatores, como a não adequação ao clima das diferentes regiões do país; o método de dimensionamento dos pavimentos, datado da década de 1960; a ausência de um maior controle durante a execução das obras; a não utilização de novas tecnologias, que acabam barradas por questões administrativas dos governos; a falta de manutenção periódica; e o sobrepeso dos transportes de cargas, entre outros fatores.
Em 2016, segundo o levantamento da CNT, foram investidos em média R$ 159,60 mil por quilômetro nas rodovias federais públicas, e o investimento chegou a R$ 354,46 mil por quilômetro nas rodovias pedagiadas, ou seja, 122,1% a mais.
O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar), Sérgio Malucelli, diz que estradas ruins aumentam o custo do frete em 30% no estado. “Em termos de Brasil, tivemos em 2016, só com rodovias ruins, um consumo de 775 milhões a mais de litros de diesel. Isso dá R$ 2,3 bilhões”, afirma. Segundo ele, as estradas pedagiadas do Paraná têm uma bondição de razoável para boa. “Em relação às rodovias estaduais, queremos que o estado duplique todo o Anel de Integração”. As obras que estavam previstas nos contratos com as empresas de pedágio foram adiadas.
Fonte: Bem Paraná