BC - Chuvas trazem riscos extras aos caminhoneiros
31 de janeiro, 2018
Os caminhoneiros já sofrem com uma série de desafios diários, enfrentando longas jornadas, estradas ruins e falta de segurança, porém nesta época de chuvas outro risco cresce: O de acidentes por causa da pista molhada.
Geralmente, com pista seca, os riscos de acidentes com caminhões por conta de derrapagens é baixo, mas com as chuvas, esse risco mais que dobra. O coeficiente de atrito entre o pneu e o asfalto, em pista seca, é de cerca de 0,6, e em condições melhores, com pneus novos e asfalto bom pode ser ainda maior. Quando começa a chover, esse número cai para 0,2, isso porque a primeira chuva se mistura com a sujeira do asfalto, como poeira, óleos e graxas, pó de borrachas dos pneus e outros materiais que transformam o asfalto em um “sabão”.
Com a chuva mais prolongada ou mais forte, o coeficiente de atrito sobe um pouco, para até 0,4, mas mesmo assim é necessário precaução. Não é difícil ver acidentes com caminhões por conta de derrapagens. Um dos que mais acontece é o acidente em L, onde o cavalo-mecânico perde tração e a carreta se projeta para frente, normalmente colidindo com a parte de trás da cabine.
Outro problema sério é o de aquaplanagem. Isso acontece quando a camada de água parada sobre a pista é muito alta, e os pneus perdem contato direto com o asfalto. Com isso é muito fácil perder o controle do caminhão.
Para verificar o risco, pode-se olhar pelo retrovisor e ver o rastro de água saindo dos pneus. Caso hajam ondas e não um spray saindo da lateral do pneu, o melhor é reduzir a velocidade.
No caso de chuvas, um forte agravante para acidentes é a situação dos pneus, pois quanto mais gastos, menor será o coeficiente de atrito, e mais fácil será uma derrapagem ou aquaplanagem.
O correto a se fazer em caso de chuva, é reduzir a velocidade, manter uma distância segura dos veículos da frente, e cuidar sempre da manutenção do veículo, deixando pneus, freios, faróis e limpadores de para-brisa em dia para evitar contratempos.
Caso a chuva fique muito forte, com vento e visibilidade baixa, é melhor parar em local seguro. Também é necessário evitar acelerações e freadas bruscas, para evitar a perda de tração.
É bom manter o desembaçador do para-brisa funcionando corretamente, e evitar passar a mão nos vidros, pois a gordura da pele faz com que o embaçamento piore. Usar um pano limpo e seco pode ser uma boa solução, ou também pode-se usar uma quantidade pequena de detergente neutro e espalhar no para-brisa.
Isso evita o acumulo de umidade nos vidros.
Segurança na estrada nunca é demais.
Fonte: Blog do Caminhoneiro Foto: Divulgação