AE - Segundo Amcham, 51% das empresas pretende contratar mais em 2019
13 de fevereiro, 2019
Cerca de metade das empresas do Brasil tem planos para aumentar o quadro de funcionários em 2019, revela pesquisa realizada pela Amcham Brasil com 550 executivos de todo País. Conforme o levantamento, 51% relataram que vão contratar mais profissionais ao longo do ano, seja pela abertura de novas posições ou pela expansão de equipes já estabelecidas.
Do total, 36% pretendem utilizar o regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), enquanto 15% consideram a adoção das novas modalidades introduzidas pela reforma trabalhista. Os executivos sem planos de expansão correspondem a 37%, enquanto outros 12% ainda não definiram a estratégia.
O aumento da competitividade da economia brasileira é aspecto mais citado, com 42%, como determinante para a confirmação das contratações. Conforme a Amcham, este quesito exige "firmeza na condução das reformas estruturais". Na sequência aparecem o aumento do consumo (33%) e maiores investimentos em infraestrutura (22%).
"O clima é de otimismo. Detectamos que os empresários brasileiros estão confiantes na capacidade do governo de conduzir e comunicar os motivos da reforma e os efeitos que pretendem ser alcançados", comenta a CEO da Amcham Brasil, Deborah Vieitas.
De fato, 99% dos entrevistados esperam que a economia brasileira tenha expansão em 2019, ainda que haja divergência sobre a intensidade. Para 69%, o PIB deve crescer até 2,0% no ano, enquanto outros 30% esperam crescimento mais intenso.
A parcela de empresários que esperam crescimento de suas respectivas empresas entre 5% e 10% é de 34%. Já outros 28% esperam crescimento acima de 10% e 27% estimam expansão em até 5% Não deve haver crescimento para 10% dos entrevistados.
A Câmara reúne 5 mil empresas no Brasil, em 15 cidades, e 85% delas são de origem brasileira.
Produtividade
As empresas também estão planejando ações de expansão em 2019. Para a maioria dos pesquisados pela Amcham, o crescimento vai ser com produtividade em processos, produção e equipe. É o que respondeu 43% sobre a prioridade do negócio.
As companhias também planejam investimentos em áreas consideradas como não-prioritárias pelo novo governo. Para compensar, as empresas vão investir de maneira redobrada em educação, capacitação e treinamento para colaboradores (38%), inovação (33%), sustentabilidade (18%) e diversidade (12%). Em janeiro, por exemplo, o governo sinalizou cortes de verba no Sistema S (Senai, Senac e Sebrae).
Em relação ao uso de novas tecnologias no negócio, 42% do empresariado respondeu que os investimentos serão para melhoria de processos, com foco em aumento de eficiência e da produtividade.
Fonte: Caio Rinaldi/Agência Estado Foto: Divulgação