AE - Porto de Paranaguá fecha 2017 com volume histórico de cargas
10 de janeiro, 2018
O Porto de Paranaguá fechou 2017 com a maior movimentação de cargas da sua história. Foram 51,5 milhões de toneladas operadas entre janeiro e dezembro, o que representa um aumento de 11% em relação ao recorde anterior, de 46,1 milhões de toneladas, alcançado em 2013 e 14,2% a mais do que o ano passado, quando operou 45,1 milhões de toneladas.
O crescimento foi bem acima da média brasileira. Enquanto as exportações de produtos no Brasil inteiro tiveram crescimento médio de 7,2% em relação a 2016, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as exportações pelo Porto de Paranaguá cresceram 17%.
O secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, afirma que a marca é histórica, pois representa uma mudança no patamar dos portos do Paraná. “O Porto de Paranaguá se preparou para isso. Foi uma confluência de fatores que levaram a este recorde”, diz ele.
“O campo produziu muito, o câmbio favoreceu a comercialização internacional da produção agrícola e o porto se equipou nos últimos anos para atender este aumento de demanda. O mais importante é que sempre que o produtor paranaense e brasileiro quiser usufruir do Porto de Paranaguá, ele estará preparado para receber estas cargas e operá-las da maneira mais ágil possível”, afirma Richa Filho.
Safra e investimentos
A safra de grãos 2016/2017 foi recorde, ao alcançar as 240 milhões de toneladas colhidas pelo Brasil, e coincidiu com a entrega de alguns dos principais investimentos previstos para o porto. “De 2011 a 2017, foram mais de R$ 868 milhões em investimento público. Neste período, a movimentação de cargas de Paranaguá teve um aumento de 25%”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.
A soja foi o carro-chefe da alta, com mais de 11,4 milhões de toneladas exportadas ao longo do ano (a maior marca da história), mas o recorde geral também foi alcançado com o aumento nas movimentações de carga geral (máquinas, peças industriais e produtos de alto valor agregado), com 9,5 milhões operados; fertilizantes, com 8,8 milhões de toneladas importadas; derivados de petróleo, com 4,7 milhões de toneladas importadas; açúcar, 4,8 milhões de toneladas exportadas; farelos, com 4,5 milhões de toneladas embarcadas; e milho, com 3,5 milhões de toneladas exportadas.
17 recordes
Além de ultrapassar a marca das 50 milhões de toneladas pela primeira vez, o Porto de Paranaguá registrou vários outros recordes ao longo do ano. Ao todo, 17 marcas históricas foram batidas ao longo em 2017. Foram alcançadas marcas em movimentação diária, mensal, semestral e anual de cargas. Maior operação diária, semestral e anual de soja e de veículos. Maiores volumes de graneis sólidos, líquidos e carga geral. Maior fluxo de caminhões no Pátio de Triagem.
Em 2015 e 2016, o porto já tinha batido os recordes de movimentação do Corredor de Exportação, de embarque de açúcar, de desembarque de fertilizantes, movimentação de contêineres, desembarque de diesel e exportação de etanol, entre outros. Desde 2011, quando iniciou-se o atual pacote de investimentos, foram 45 recordes batidos.
Obras e melhores
Entre as principais obras que tornaram possível estas marcas estão as campanhas continuadas de dragagem, reforma e aprofundamento do cais, instalação de novos shiploaders (carregadores de navios), construção de novos gates com novas balanças, automação dos equipamentos de controle de acesso, construção de novos tombadores, novos pátios de caminhões.
Estes investimentos aumentaram em 33% a capacidade na descarga de grãos, multiplicaram o acesso de caminhões de fertilizantes, veículos e cargas gerais à faixa primária do porto e duplicaram a resistência do cais para operações.
Também foram feitas constantes campanhas de dragagens de manutenção, que garantiram a profundidade de projeto do canal de acesso e dos berços, permitindo que os maiores navios que atracam na costa brasileira pudessem operar em Paranaguá nas suas capacidades máximas de carga.
Fonte: Agência Estadual de Notícias