A Volvo Financial Services (VSF), braço financeiro da fabricante sueca de caminhões e ônibus, está usando a força financeira do grupo para levantar fundos no exterior a custo competitivo para financiamento de caminhões no Brasil. Atualmente o Banco Volvo financia perto de 40% das vendas da montadora no país, com R$ 3,5 bilhões em contratos por ano. Em visita à Fenatran na semana passada, Scott Rafkin, presidente global da VSF, afirmou que o País é o segundo maior mercado do seu portfólio mundial, que soma 70 bilhões de coras suecas por ano (cerca de US$ 7,2 bilhões) para financiar 25% das vendas do grupo no mundo – porcentual abaixo do verificado na operação brasileira.

Com o fim de subsídios e a aplicação de taxas de mercado ao BNDES/Finame, houve migração para outras modalidades de financiamento de veículos comerciais, como CDC, tornando atraente a captação de recursos no exterior a juros baixos para conceder crédito no Brasil. “Nosso pessoal aqui tem feito um ótimo trabalho para oferecer soluções competitivas aos clientes. Nós ajudamos usando a força do grupo para levantar fundos com instrumentos de captação para manter as vendas em alta. Investimos em tecnologias, produtos e pessoas para facilitar os negócios”, afirma Rafkin, sem no entanto revelar os valores aportados na operação brasileira.

“Queremos manter nossa flexibilidade alocando capital de acordo com a necessidade de cada lugar, sempre assegurando nossa saúde financeira para manter os custos [de endividamento] baixos”, explica.

Segundo Rafkin, a oferta próprio de crédito vai além de viabilizar uma primeira venda: “Pela nossa experiência, verificamos que os clientes que financiam os veículos com a VSF têm alta lealdade à marca, quase sempre voltam a comprar. Por isso é importante expandir nossa carteira de financiamentos, mas vivemos em um ambiente extremamente competitivo e temos de fazer isso com cautela”, diz.

Outra potencialidade do mercado brasileiro que a VSF pretende explorar é o desenvolvimento de novas plataformas tecnológicas para atender à transformação do setor, que no caso de caminhões também está migrando da propriedade do bem para o uso, por meio de serviços. “Estamos investindo em inovações e o Brasil é um ótimo lugar para testar novas plataformas que viabilizam serviços de conectividade e seguros digitais”, revela Rafkin.

Fonte: Automotive Bussiness Foto: Divulgação